terça-feira, 27 de agosto de 2019

Questões de interpretação de texto





A LEITURA DEVE SER OBRIGATÓRIA?

A importância da leitura parece incontestável. O escritor e desenhista Ziraldo costuma repetir que ler é melhor do que estudar. Como professor, concordo com ele. Estudar muito não leva necessariamente ao hábito da leitura. Em contrapartida, o hábito da leitura ajuda muito tanto a estudar quanto a ter bom desempenho nos testes de avaliação.

Quem lê muito não costuma rejeitar gêneros, “traçando” desde bula de remédio até poesia e
romance, sem deixar de passar pelas histórias em quadrinhos e pelas notícias de jornal. A leitura
de textos literários mostra-se especialmente refinada, porque sempre leva o leitor a acompanhar
os acontecimentos narrados por outra perspectiva que não a sua. A habilidade de ver as coisas
por uma perspectiva diferente da sua é fundamental para resolver quaisquer dilemas que se
apresentem em casa, na sala de aula, na rua, no laboratório, no escritório ou no palácio do
governo. Essa habilidade se aprende e se estimula com a leitura de ficção.

Estas considerações podem levar o leitor mais apressado a concluir que a leitura na escola
deve ser totalmente livre e voluntária. Como já chamei esse leitor de “apressado”, os demais,
bons leitores, perceberam que não concordo com a conclusão. Nos anos 70 do século passado,
defendeu-se a leitura por prazer: os alunos só deveriam ler o que gostassem. Hoje em dia, para
tantos adolescentes isso significaria ler apenas mensagens de twitter.

Na verdade, a escola deve sim encontrar várias formas de promover o hábito da leitura, mas sem
abdicar de indicar regularmente algumas leituras obrigatórias. Não é obrigatório que o aluno ao
final goste da leitura obrigatória, mas sim que goste da reflexão, da discussão, do debate, da
provocação.

Em resumo: a leitura obrigatória é obrigatória sim, desde que o professor mostre seu entusiasmo
com as leituras que indica. A leitura obrigatória deve ser acompanhada de outras formas de
estímulo à leitura, a serem inventadas pelo professor e pelos alunos.
                                                                                                                   
                        Gustavo Bernardo
                         Adaptado de Conversas com um professor de literatura. Rio de Janeiro: Rocco, 2013.

Questão 01

No primeiro parágrafo, o autor defende a seguinte ideia principal sobre a atividade de estudar:

(A) está ultrapassada
(B) é facilitada pela leitura
(C) é um hábito desenvolvido
(D) é garantia de bons resultados
(E) está relacionada com concursos

Questão 02

Em um dos parágrafos, o autor apresenta os benefícios da leitura de um tipo de texto específico.
Esse parágrafo é o de número:

(A) um
(B) dois
(C) três
(D) quatro

(E) cinco

Questão 03

Nas linhas 13 e 14, o autor diz que o “leitor apressado” pode chegar a uma conclusão da qual ele discorda.
Neste caso, “apressado” tem sentido contrário de:

(A) atento
(B) limitado
(C) agradável
(D) sossegado
(E) precipitado


Questão 04

Quem lê muito não costuma rejeitar gêneros, “traçando” desde bula de remédio até poesia e romance, sem deixar de passar pelas histórias em quadrinhos e pelas notícias de jornal. (l. 5-6)

O autor cita neste trecho cinco gêneros ou tipos de textos.
Dentre eles, o tipo de texto para o qual não é recomendado o uso de linguagem figurada é:
(A) poesia
(B) romance
(C) bula de remédio
(D) notícias de jornal
(E) histórias em quadrinhos



RELEIA A FRASE ABAIXO E, DEPOIS, RESPONDA ÀS QUESTÕES 5, 6 E 7.


Hoje em dia, para tantos adolescentes isso significaria ler apenas mensagens de twitter. (l. 15-16)


Questão 05

O twitter é uma rede social virtual em que as pessoas enviam e recebem apenas textos muito curtos.
Considerando isso, o ponto de vista do autor expresso na frase citada pode ser caracterizado como:
(A) crítico
(B) neutro
(C) inexato
(D) otimista

(E) infundado

Questão 06

Em “tantos adolescentes”, a palavra “tantos” é um pronome classificado como:
(A) relativo
(B) pessoal
(C) indefinido
(D) possessivo
(E) demonstrativo


Questão 07


A palavra “adolescentes” concorda com o termo masculino “tantos”, mas ela também pode concordar com uma palavra feminina, sem alterar sua forma.
Outra palavra do texto capaz de concordar tanto com palavras masculinas quanto com palavras femininas, sem alterar sua forma, é:

(A) livre
(B) hábito
(C) escritor
(D) discussão

(E) obrigatória



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Uberlândia/MG





segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Como melhorar o seu vocabulário



Ler muito é garantia de um amplo vocabulário?
A resposta é não. Mas por quê?
A leitura pode ser atenta ou desatenta e, mais importante que isso, o leitor pode - ou não - incorporar a palavra ao seu vocabulário.
É preciso usar a nova palavra para torná-la parte ativa do que você fala. Se você não colocar em prática o uso de um vocabulário mais amplo, os sentidos das palavras serão identificados quando você ler, mas não haverá um aumento real no uso de novas palavras. É como tirar carta/carteira de motorista e nunca mais dirigir – sem a prática não se automatiza a troca de marchas, o olhar os espelhos, etc.
O primeiro passo pode ser a simples troca de verbos chamados curingas - corretos, mas menos precisos - por verbos mais específicos.
Substitua o verbo “dar”
Ele não me deu o relatório completo.
Escreva:
Ele não me entregou/ enviou o relatório completo.
Troque o verbo “ter”
Teve uma forte emoção.
Escreva:
Viveu/ passou por/ sofreu uma forte emoção.
Outro verbo curinga que pode ser substituído é o “fazer”:
Fazia dez relatórios mensais.
Ele pode ser substituído:
Escrevia/ redigia/ produzia dez relatórios mensais.
Vale ressaltar, que verbos curinga como “dar”, “ter” e “fazer” não estão errados gramaticalmente. Mas se o objetivo é aumentar o vocabulário e ser mais específico, procure explorar as possibilidades que a língua portuguesa nos oferece em termos de uso de palavras.
São trocas simples, mas que podem ajudar – e muito – a aumentar o seu vocabulário!

Caso você tenha alguma dúvida estarei à disposição no whatsapp: (34) 99149 2401

Um abraço!

Fátima Oliveira
Quem ministra



Fátima Oliveira é Mestre em educação. Especialista em
literatura, retórica, argumentação e PNL. Graduada em
Letras, Pedagogia e Normal superior. Professora de
redação em cursinhos pré-vestibulares em cidades como
Uberlândia e Rio de janeiro. Fundadora e idealizadora da
Palavra Perfeita – Escola de redação.



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